Não te haverás de surpreender
Se vida por fim deixares cair;
Por onde passas odes te concedam
Impérios que hão de ruir.
Julgas-te morta, carne saudosa,
E tua vida se eclipsa nesse porvir;
Com todas as tuas desgraças, mulher,
Como consegues sorrir?
Não vês, então, que te apontam?
Que o único a quem preocupas sou eu?
Mas tu, carne morta, tão doentia,
Perdeste-te no próprio véu...
E tu, nesse vagaroso caminhar
Que descanso não desfruta,
Pois tempo se tem infinito
Que caminhos não cessam,
Perdes teu tempo nessa árdua labuta
Sem esperança de renovação!
Ainda que mão vil queira amparar-te;
Ainda que boca maldita queira beijar-te,
Estás para sempre submersa
Nessa vida eterna de disparates.
nossa Felipe,
ResponderExcluirvocê escreve mt bem.
Uma expressão mt boa. Nossa, impressionantes.
gostei mt...
parabééns
Bjinhuss
Hum, amor, que belo.
ResponderExcluirElementos do barroco, com aspectos irônicos do romantismo.
"E tu, nesse vagaroso caminhar
Que descanso não desfruta,
Pois tempo se tem infinito
Que caminhos não cessam,
Perdes teu tempo nessa árdua labuta
Sem esperança de renovação!"
Byron já deve ter pensado nisso um dia. rs
Te amo.
Beijos.
Sabe o quê?
ResponderExcluirNessa semana ansiosa, sinto-me eu submersa numa vida de disparates!
hehehe
Lindo!
=*
Sensacional, como sempre. Sinto-me redundante sempre que comento aqui. Mas é minha sina ser sua fã! rsrs
ResponderExcluirParabéns, parabéns e mais parabéns!
Lindos versos! És um romantista contemporâneo, tem sentimento e ritmo na tua poesia! Parabéns!
ResponderExcluirFiquei um tempo afastada mas cá estou eu, seguindo-lhe denovo, para ler e acompanhar suas belas obras.
ResponderExcluirBjs Fe. :D
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUm post construído com belas palavras!
ResponderExcluirAdorei...
"Não vês, então, que te apontam?
Que o único a quem preocupas sou eu?"
beiijo,
*.*
Você é o melhor poeta que já vi por essas bandas de blog. E sou crítico, te garanto. Meus parabéns!
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