O líquido viscoso
Que hoje escorre por tuas pernas
É produto
Do meu amor;
Como a flor
Plantada em ti,
Que eu colhi
E cultivei
A cada lua.
Porém, outro há de plantar
Outra flor, com espinho,
Na tua alma, sem dó.
E eu, outra vez, estarei só,
Plantando outras florezinhas errantes
No ventre de outras amantes
Iludidas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Omolara
Encontrei um amor, num motel do Rio de Janeiro, na Lapa. Não amo apenas seu sexo, porém; amo tudo que vem dela, amo todo o seu corpo, amo-a da cabeça aos pés, passando por cada pedaço que há entre esses extremos. Enquanto transávamos, vi que seus olhos brilhavam, iluminando todo o quarto escuro. Ela pediu para apagar as luzes, disse ter vergonha. Falei: “Vergonha? Estamos na iminência de realizar um ato tão íntimo, e você vem me falar de pudor?” Ela disse: “Prefiro assim, querido. Apague as luzes.” Não pude negar, diante daquela voz. Se eu acreditasse em divindades, pensaria que aquela mulher era uma. Não era. Era real, palpável. Disse-lhe: “Omolara, não te afastes nunca deste Addae Olwaka Mbami.” Ela disse: “Mbami, não te afastes nunca da tua Omolara.”
Ejaculamos. “Esse esperma representa a nossa aliança. Estará para sempre entre nossas pernas, e ninguém vai vê-lo, para que todos pensem que enlouquecemos, quando contarmos esta história.”, ela me disse.
Percebi que seus olhos não brilhavam apenas durante o sexo. Aquele resplendor era constante. Omolara significa: nascida no tempo certo. Enquanto houver vida em Omolara, haverá sol na Terra.
Ejaculamos. “Esse esperma representa a nossa aliança. Estará para sempre entre nossas pernas, e ninguém vai vê-lo, para que todos pensem que enlouquecemos, quando contarmos esta história.”, ela me disse.
Percebi que seus olhos não brilhavam apenas durante o sexo. Aquele resplendor era constante. Omolara significa: nascida no tempo certo. Enquanto houver vida em Omolara, haverá sol na Terra.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Eu queria ser poesia
Eu queria ser poesia
Para personificar-me em sonho quando dormires;
Para estar em tua boca quando sorrires,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para secar em teu peito o pranto amargo;
Para receber teu amor e sexo e afago,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para lamentar sem pudor;
Para chorar o desamor,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia,
Pois, assim, seria o extremo da alma;
Para ser o encanto que acalma,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para ser o peito fremente;
Para ser a verdade que mente,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para ser noite a qualquer hora do dia;
Para pintar de tristeza a cor da alegria,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para, com lágrimas, molhar um papel;
Para andar, sem rumo e olhando para o céu,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para, poeta, ter por quem chorar;
Para contemplar a lua e as estrelas e o mar,
Eu queria ser poesia!
Para personificar-me em sonho quando dormires;
Para estar em tua boca quando sorrires,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para secar em teu peito o pranto amargo;
Para receber teu amor e sexo e afago,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para lamentar sem pudor;
Para chorar o desamor,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia,
Pois, assim, seria o extremo da alma;
Para ser o encanto que acalma,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para ser o peito fremente;
Para ser a verdade que mente,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para ser noite a qualquer hora do dia;
Para pintar de tristeza a cor da alegria,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para, com lágrimas, molhar um papel;
Para andar, sem rumo e olhando para o céu,
Eu queria ser poesia!
Eu queria ser poesia
Para, poeta, ter por quem chorar;
Para contemplar a lua e as estrelas e o mar,
Eu queria ser poesia!
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