domingo, 21 de novembro de 2010

Axé, Omolara, Iorubá

Ó Omolara, representante
Fidedigna do povo de todos os santos,
Levanta-te com teus povos!
A redenção tua não será edificada
Sem eles.

Ó Omolara, da tez negra
E olhar diáfano, do coração reluzente,
Da vida em todos os orifícios,
Beleza que tortura, que prende,
Que encanta, constrói:
Beleza estupenda da história
Do sangue que te corre nas veias;
Do sangue derramado dos nossos antepassados,
Omolara, pelos algozes de ora e outrora.

Ó Omolara, filha da África...
Tua mãe, nossa mãe, proporciona-nos tanto prazer
Ao lembrarmo-nos dela com saudosismo, das
Lutas empreendidas por nossos irmãos
Para benefício nosso – benefício
Do qual até hoje, ai de nós, Omolara!, não desfrutamos.

Contudo os objetivos mantêm-se
Fortalecidos dentro de nós,
Em companhia do amor o qual te devoto,
O amor que me prende eternamente
À pele negra do teu corpo desnudo,
O idílio de cada luar.

4 comentários:

  1. Olha a Omolara aparecendo na sua inspiração outra vez! Numa semana bem sugestiva, né?

    Cara, o seu lirismo misturou diversos tipos de amores: amor à mulher amada, à terra amada, às outras terras em que se luta contra o preconceito... Ou seja, em todas.

    Complexo... você vai de um extremo a outro com a maior naturalidade, como se fosse fácil misturar assuntos tão recorrentes no dia-a-dia, inclusive o amor, a saudade, a angústia, o sofrimento. Enfim, cara, eu já te considero um poeta completo.

    Te amo.

    Beijos.

    ah, como é o nome do amor da vida da Omolara que você criou mesmo?

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  2. Um grito de evocação, um brado em homenagem as nossas raízes.

    abraços

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  3. Você tem os dois pés na África, não é à toa que mantém sentimentos por mim. =)

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