quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que há em querer-te

O que há em querer-te,
Minuciosamente querer-te, se neste
Desejar-te profundo há magnitude,
Se nessa beleza inexcedível há
Qualquer coisa de extraordinária?
O que há em querer-te,
Se me queres, árdego, em teus pelos?

O que há em querer-te,
Querendo-te ardentemente, supondo
Em cada pôr-do-sol tua fisionomia,
E em cada crepúsculo, teu umbigo?

O que há em querer-te apenas,
Ou ainda amar-te vorazmente os seios,
Como prova inconteste do meu amor leviano?
O que há em querer-te levianamente para todo o sempre,
Sendo o Sempre a parte impalpável do amor,
Tornando-me, assim, heróico e intimorato?

O que há em querer-te,
Se te quero não por mim,
Se por ti, não por ninguém,
E a ninguém quero tanto quanto a ti?

6 comentários:

  1. ah, eu não quero ficar repetindo os mesmos elogios sempre, mas você também não ajuda, né? hehe

    Cara, a impressão que eu tenho é que você tá cada vez melhor, cada vez mais perfeito. Acho que são as vivências acumuladas.

    Tudo tão belo, tão lírico...

    Te amo, poeta.

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  2. Não há beleza maior que o amor e nele o querer estar com e estar em...

    Belíssimo, Felipe.

    abraços e bom final de semana

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  3. Seu querer não me convence, mas me abre tantas janelas, Lipe.
    Querer como você diz querer já me é suficiente, não precisa amor, basta querer-me levianamente.

    Lindo, Lipe.
    Adoro vê-lo jogando palavras apaixonadas por aqui.

    Beijo!

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  4. O que há em querer-te,
    Se te quero não por mim....


    Belas, belas palavras, tua poesia tem um encanto único.

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  5. Eu, por exemplo, só penso em querer...

    Ótimo texto!

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