sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Assim declaro o meu amor

Rumando para as quimeras, concebi-te
Como quem faz poesia:
Nos teus olhos, o lirismo de tudo é ainda maior,
As palavras do meu poema ganham a vida que lhes idealizei.

Mas ainda assim é frágil
A matéria destes versos pretensiosos,
Tais como são: inscritos à brasa no teu corpo,
Nas linhas incandescentes do teu umbigo altivo.

São o dia, meus beijos e a poesia propriedades
Do teu latifúndio interminável,
Propriedades de tua alma telúrica e lasciva.
Somente nos teus lábios celebra-se minha literatura:
Declamo-os ao sol ao beijar-te...

Os meus versos são as tuas artérias,
São os teus seios a minha caligrafia,
E só a ti os consagro como
Consagraria o sangue devoto. Só a ti devolvo
O amor presente e vindouro em minha poesia.

Cada estrofe, bem-amada, é uma curva
Interminável do teu corpo fecundo.

7 comentários:

  1. "Cada estrofe, bem-amada, é uma curva
    Interminável do teu corpo fecundo".

    Uau! Um amor cheio de desejo. Sou suspeita a falar, mas pra variar, achei lindo. Também pudera, vindo de vc, poeta mais lindo do mundo, eu já devia esperar.

    Parabéns pelos escritos cada vez mais envolventes e apaixonantes.

    Beijo, beijo!

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  2. Uma poesia que retrata a magnitude de como você a vê.

    A amada e a poesia sempre se confundem na visão do poeta.

    Meu grande orgulho.

    Te amo.

    Beijos.

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  3. "Nos teus olhos, o lirismo de tudo é ainda maior,
    As palavras do meu poema ganham a vida que lhes idealizei."

    Precisa dizer mais alguma coisa? Como é que você consegue ser tão lindo nas palavras desse jeito?

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