quarta-feira, 30 de março de 2011

A manhã

Amor, famélico vou regendo a aurora,
Tecendo alvoradas com dedos indômitos,
Emancipando dores funestas, as quais
Fenecem em teu sorriso, em cuja força
Amanhece meu desejo.

Amor, sol reinante floresce nos teus beijos,
E no infinito, abruptamente, ressoa meu amor desmedido,
No infinito, miseravelmente, algo cresce e se desfaz,
No infinito, renasce algo ainda mais forte,
E então saio das cinzas como a fênix,
Levando-te nos braços, ou talvez na memória.

Beija-me, antes que o crepúsculo principie
E tu me vejas envolto em pesadelo e trevas.
Beija-me urgentemente, pois o resplendor
Matutino já se desvanece em prantos.

Um comentário:

  1. Uau! Sua poesia tá muito madura, cara. Ela cria imagens, encanta, obriga o leitor a ler mais de uma vez.

    Cada dia mais lindo, mais lírico.

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