sábado, 23 de abril de 2011

O amor desmedido

Pequenina mulher, infinita, porém,
Quando me tocas, quando me percorres
O peito, ensina-me o caminho da primavera
Desses olhos,
Dá-me o teu sangue que me leva ao coração,
Dá-me o orgulho de tua brasa nunca dantes
Vista com contemplação, ó amada,
Pois nada sou sozinho,
Tampouco és na multidão da qual
Estou à parte.

Cresces em meu peito,
Porque ganhas as dimensões de meu amor
Tempestuoso e desmesurado.
És tão pequenina quando te afastas,
Não posso ver-te...
No entanto, te ouço, te toco
E te amo sem piedade do meu corpo,
Por suportar, ainda que combalido, a tua ausência.

Gritas por mim, ou é apenas o vento,
Que vem, de chofre, lembrar-me tua voz
Onipresente?

E voltas junto ao vento.
E o vento retorna solitário.
Estás plena novamente, e para sempre.

10 comentários:

  1. Nunca pensei dizer isso, mas esse é o seu poema mais lindo (depois do meu, é claro, hehehe)!
    Fiquei emocionada, sério!

    Que sentimento bonito... E vc traduz muito bem em palavras!
    Que orgulho de vc, Felipe!

    Beijo, beijo, poeta mais lindo do mundo!

    ResponderExcluir
  2. Ao ler:

    Não posso ver-te...
    No entanto, te ouço, te toco


    Fui remetida a uma sensação gostosa de ser ouvida e tocada à distância, numa ausência toda de querer.


    Um beijo,

    Tamara

    ResponderExcluir
  3. Os seus poemas sempre dizem tudo. São auto-explicativos.

    Eu fico aqui pensando como nasce uma poesia. Se é algo que vem de dentro do poeta, ou se é algo externo que traz.

    Cada frase contem um significado especial.

    Ah, cara, que inveja, eu queria ser poeta também! hahaha

    Beijos.

    ResponderExcluir
  4. Deixa eu te contar um segredo:

    Eu venho sempre aqui, porém fico em silêncio (porque, na verdade, você sempre diz tudo!). Mas hoje não tinha como não marcar presença. Este poema tá a coisa mais linda do mundo, Felipe. Só você mesmo. Me orgulho tanto!

    ResponderExcluir
  5. É com certeza um dos teus poemas mais belos felipe! Nossa, toca fundo demais! Vc ja pensou em escrever um livro com seus poemas?

    ResponderExcluir
  6. www.celularespiao.org

    Se você precisar de um Grampo para telefone Celular, saiba que somos pioneiros na confecção destes equipamentos. Escuta de celular ou grampo telefonico Você grava tudo de forma totalmente segura e oculta e ainda pode receber as suas gravações por e-mail.

    ResponderExcluir
  7. Oi Felipe, quanto tempo!

    Achei o seu comentário lá muito pertinente e relevante para a discussão, porque você citou algo que eu distraidamente esqueci de abordar: a força da mídia. De fato a mídia destrincha os pedaços que mais contribuem com o aumento da violência. É irônico pensar que geralmente seja feito para o contrário. Na teoria.

    O negócio é que realmente as mudanças são mais profundas do que imaginamos. Só plantar amor não é suficiente. É preciso mudar toda uma geração, a ponto de tratarmos pela raiz.

    É complicado meu amigo. Só nos resta discutir por aqui mesmo. Os meios de comunicação nos enchem de milhares de motivos para continuar a violência. Mesmo que de forma insinuada.


    Abração!!!

    ResponderExcluir
  8. Felipe,

    "Poeta, poetinha vagabundo. Quem dera todo mundo fosse assim, feito você".

    Você com seus poemas. Você com seu vocabulário peculiar. Seu exagero versado, seu sentimento exposto, sua facilidade em decifrar o coração. Suas musas.

    É quando chego depois de uma temporada sem provar da tua poesia que eu sei senti-la melhor. Você, cada dia melhor.

    Eu vou e deixo um beijo.

    ResponderExcluir