sábado, 7 de maio de 2011

O combate imprescindível

De silêncio em silêncio deixei
Florir o meu bramido,
Fiz renascer o momento no qual
O vazio foi soberano,
Combati o vácuo com tudo
De que dispunha, e a poesia
Que evola das coisas constantemente,
Juntei-a às flores de minhas mãos,
E investimos impetuosamente contra
A ausência.

Garimpar as palavras do silêncio
- e também de um poema -
É, de fato, árduo ofício.
As palavras escapam,
Só resta o desejo de escavar
A alma, perscrutar o âmago,
Tornar o momento fértil,
E por meio dele edificar as vozes
Que vão desaguar no coração.

Tudo isto só para dizer, ainda
Uma vez: só o amor, amada, paga a pena
Desta vida.

7 comentários:

  1. Pude observar com estes teus poemas mais recentes que você está ficando cada vez mais intenso. Expressa os sentimentos inexpressivos, encontra uma linguagem inimaginável. Explore o quanto puder este teu talento, continue mostrando estas tuas palavras tão especiais. Aguardo ansiosamente pelos teus livros!

    (Sei que serão muitos)

    Abraços querido Poeta.

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  2. Só amor.

    Beijo querido, linda semana pra ti

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  3. Ai, você é tão lindo.

    E aí a gente pensa em tudo que não aproveitamos nessa vida. Vontade de voltar atrás, né?

    Mas, não. O que foi já passou. O melhor é sentar e ler sua poesia mais uma vez, até decorá-la. hehe

    Beijo. Te amo.

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  4. "só o amor paga a pena desta vida"

    Vamos morrer de amor, eu sei. Já disse.

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