domingo, 25 de setembro de 2011

A vida sorri

Ai, amor, cada lágrima
Que desce por teu rosto,
Ai, cada lágrima que sai
De teu peito
Deságua
No meu,
Como um rio que, fustigado
Pela vida, desenvolve seu lamento,
E geme: portanto, amada,
Quando gotejar friamente
O teu coração, ai, quando chorares,
Entrega-me as tuas dores,
Que, em minhas mãos, elas se tornarão
Potentes júbilos, e feliz caminharás
Comigo, edificador de um rio
Que corre destemido
Para lavar as desventuras
De tua vida,
Que também são minhas.

3 comentários:

  1. Felipe,

    Você é lindo. Leio você e vejo além. Vejo outro de você. Sua poesia é uma coisa tão fantástica, que parece me transportar para outro estado. Seu vocabulário, sua maneira de expor: isso é coisa que não existe mais. Coisa que ficou guardada no ontem. E parece que o ontem vive em você, para nossa alegria.

    Não poderia haver melhor afago. Nem mais bonito. Tampouco mais sincero.

    Um beijo de quem sempre se emociona ao passear em tuas curvas poéticas.

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