terça-feira, 15 de novembro de 2011

A minha estrela

À estrela que não foi contemplada,
Àquela que, pálida, esconde-se
Dentre as nuvens, a ela declamarei
Meus versos.

Ó estrelas, vós outras que já servistes
Para alumiar a mente doutros poetas,
Calai-vos: esta noite
Apenas eu,
                   Minha cálida amante,
E aquela triste estrela que ainda não brilha,
Somente nós seremos testemunhas
Do maior dos amores da Terra.

Ó estrela, esta a qual posso tocar,
Essa límpida luz que dos teus olhos
Parte para iluminar o mundo,
Com terrestre magnitude,
Não é o bastante para irradiar
Toda a alegria pulsante em meu peito
Já tão flagelado.

Portanto, minha doce estrela pequenina,
Não esmoreças teu brilho jamais,
Porque então a noite se quedaria
Frágil e apagada
Na absoluta treva do inexorável amanhã.

3 comentários:

  1. Era disso que eu estava precisando...

    Sua poesia é meu combustível, Felipe!

    =*

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  2. Você escreve obras-primas seguida e seguidamente. Orgulho de conhecê-lo!

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  3. Felipe, este teu amor descrito amacia o coração do leitor. E fiquei aqui sentindo tamanha beleza com um sorriso florido.

    Lindo, Felipe, Lindo! Deus te abençõe.

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