sábado, 11 de fevereiro de 2012

O que se diz

Numa noite sem vento,
Que, distante, semelha a morte,
Emerge a voz que lancei
Para tocar-te o ouvido,
E assim ouves distinta.

A noite constelada brilha,
E brilha somente em teus olhos,
Que já se iluminam, qual primavera,
Ao verem, bailando, o que vai desaguar
Em teus ouvidos.

Porém, tu, calada, só ouves.
E ouves serena, ternura implacável,
Enquanto te busco como o sol
O faz à madrugada.

Se minha voz te alcança
Antes de minhas mãos,
Antes que meus lábios
Percorram cada hectare
De tua pele queimante,
Abre teu sorriso e teu corpo,
Recantos de minha voz e meus beijos,
Ah, teu sorriso e teu corpo!

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