Ainda que a pedra seja
Um recanto admirável,
Onde talvez durmam as destrezas
De um coração reluzente
Perante os maldizeres de sua carne,
Serão fulgurantes minhas pálpebras
Quando pousarem em ti
Com o meu olhar faminto.
No desnível mais recôndito do teu corpo
Minha língua será dócil transeunte
Do suor que te escorre desde o ventre,
Tenazmente, em relação harmônica
Com os pensamentos lúbricos
Que invadem o âmago dos amantes
Durante a noite, que é serva da lascívia
E seiva poética.
Teus pés deslizam pelo solo infértil,
Qual onda de mar não cristalizado,
Por onde fluem as ânsias intrépidas
De um coração fumegante,
O qual, no abrigo de minhas mãos, ressona
Como o vulcão insano que abala dois corpos
Numa tempestade voluptuosa
De raras precisão e beleza em chamas.
E esta é a mecânica da vida:
Um olhar concupiscente reflete
Na retina repleta de sangue
O amor que se deve à ininterrupção
Dos sentidos que captam a luz efêmera
De um sol que vive para iluminar
Uma amada estrela da Terra.
Cara, isso é magnífico!
ResponderExcluirMuitas metáforas, a poesia exalando de cada palavra, tomando várias formas, criando imagens.
Dá uma sensação de continuidade, exatamente como você disse: ininterrupção; parece que nada pára, e sua poesia é isso mesmo: movimento.
Amei.
Beijos.
Te amo.
Versos com movimento. Intensos e belos.
ResponderExcluirA mais pura seiva poética.
Nossa!!
ResponderExcluirIncrível como você consegue poetizar discretamente o desejo, o amor.
"Com os pensamentos lúbricos
Que invadem o âmago dos amantes
Durante a noite, que é serva da lascívia
E seiva poética."
Oi Felipe,
ResponderExcluirquanto tempo.
vc nunca mais apareceu e eu também nem tenho vindo mt aqui ¬¬
(Rum para os dois.)
Bom, vc sabi o quanto gosto do que vc escreve. tudo é sempre mt bom e sincero. Romantico ou mt sério.
Enfim, vc escreve mt bem.
Este texto não está diferente.
mt bom! :DD
Bjinhuss
parabééns sempre
tão bonito!
ResponderExcluirEmma
Mesmo se eu não gostasse de você seria impossível não admirá-lo.
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