quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Itinerário

Quisera sentir o peso do teu ventre
Nos meus lábios sitibundos,
A epiderme do teu amor florescendo
Em minhas vísceras,
Despejando em ruidosas alegrias
Gotas acres de melancolia,
E obtive nisto êxito quase integral.

Serias afinal uma estrela,
Ou serias ainda o próprio vento,
Quando não, uma musa de pátrias longínquas
A desbravar mares sobranceiros.

Ao infinito! Eis o que disseste,
Na verdade quando nasceste,
Bem como segurando em tuas pequeninas
Mãos cosmopolitas uma dose desmesurada de saudade.

Ao infinito! Levei ao pé da letra,
E meu futuro é amar-te sempre mais,
Como se fosse ainda o início de tudo,
A crisálida provisória do mundo...

Era o labor contido de tua paixão
Já deflorando meus neurônios,
Que apenas em ti vislumbravam
A parte que até então me faltara,
A Lua que não conhecera a Terra.

5 comentários:

  1. Cara, me orgulho muito de ser parte da sua vida, que é tão repleta de poesia.

    Eu não vou grifar um texto dessa vez, pois teria que grifar o texto todo. Você já tratou de fazer isso e gravá-la bem aqui, no meu coração.

    Você agora está escrevendo com mais frequência, pra minha alegria e dos seus leitores.

    Esse amor eterno que cresce cada vez mais... sua cara.

    O melhor poeta que conheço!

    Te amo.

    Beijos.

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  2. eles parecem sempre falar da mesma mulher.

    que vive longe e é tão perfeita.

    vc poderia escrever um livro.

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  3. Aqui existe uma poesia narrada em forma de canção. Tão bonito!

    beijo

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  4. Que lindo!

    Vc é incrível!

    Beijo, beijo meu poeta favorito!

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  5. Ah, tão bonito sentir o amor assim... na sua forma mais pura...

    Eis Felipe!

    Admiração eterna!

    Beijinhos, saudades.

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