Sobre o manto do teu silêncio,
Araguaia, uma voz bradou:
Pão, terra, liberdade!
E as vozes tirânicas responderam
Com terror, sangue e morte
À luta que então florescia
No seio do teu solo acolhedor, Araguaia.
Quantas vozes falam
Por teu vento uivante, quantos gemidos
De dor se calaram em teus crepúsculos!
Dá-me uma memória, Araguaia,
E que nela esteja a paz de estar lutando.
Araguaia, tão férteis são tuas terras
Que o sangue vertido germinou,
E corre através de minhas veias,
Para invocar tua memória,
Para eternizá-la junto aos meus companheiros.
E os que se embrenharam na mata,
Os meus camaradas, levavam consigo não mais
Que uma bandeira rubra em seus corações.
Levai esta certeza aos vossos túmulos
Inexistentes, corações insepultos:
Nossa luta renasce em vossa morte.
Araguaia, és a minha bandeira!
Realmente, uma jornada histórica. Combatida com truculência, obscurantismo e o terror da ditadura. Enfim, espero que os verdadeiros criminosos ainda apareçam. Isso é fundamental pra democracia.
ResponderExcluirVocê deu o exato tom: épico. Adoro você falando de política.
Beijos.
"Araguaia, és a nossa bandeira"!
ResponderExcluirVoltou com tudo, poeta! Seus escritos sempre lindos... Incrível como vc discorre bem sobre qualquer tema e consegue transformar tudo em poesia.
Sou sua eterna admiradora!
Beijo, beijo!
Inspirado na novela felipe? hehe
ResponderExcluirLindo e tocante. Parabens