domingo, 3 de abril de 2011

O sol

Surgiu revigorado o sol,
Beijando e acariciando a vida,
No espaço em que deflorara a noite,
Possuindo-a, altaneiro, lentamente.

Vê: este sol não é o de ontem,
Há nele uma nova espécie de luz,
Um sêmen que doura, que floresce
E que encanta; tampouco será
O sol do possível amanhã,
Pálido, de outrora; doravante
Será um sol apaixonado,
Derramando,
Gota
A gota,
A sua ternura.

Seguir-se-ão os dias, e o sol se manterá
Primaveril, molhado ainda pelo esperma
Da derradeira noite solitária.

11 comentários:

  1. Tão simples. Tão lindo. Tão você.

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  2. Esse é o sol dos poetas. A partir de agora, o verei com outros olhos.

    Obrigada por mostrar que nada é em vão e por me encantar com suas poesias.

    Te amo, cara.

    Beijos.

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  3. "tão simples, tão lindo e sempre você"

    =)

    obs: mudei meu msn
    le.scardoso@hotmail.com

    me add lá

    ;)

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  4. erve o sol avermelhado/ alaranjado de fim de tarde? Foi esse que imaginei.

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  5. Muito bom! Amanhã verei o sol com outros olhos...

    Saudades de você, meu amigo!

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  6. Muito boa a correlação. "O sêmen que doura..." ou "molhado ainda pelo esperma / Da derradeira noite solitária."
    Você, Felipe, é um delicioso romântico. Bjs!

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  7. Oi. gostei de seu cantinho moço!
    Seguindo aqui.

    E que todos os dias o sol seja assim!


    Beijo,. lindo domingo

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  8. só uma pergunta,Felipe, vc é de Poa?


    Bj

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