quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ao desperdício

Escrevo este poema
Ébrio de desprezo
Pela mulher que passou
Sem sequer notar-me
Porque estava atrasada
Para ir ao trabalho.

Escrevo este poema
Para contemplar minha ignorância.
Dedico-o à mulher bonita,
Demasiadamente cheirando à empáfia,
Que não ficou com meu cheiro no corpo,
Posteriormente arrependida - sem o saber
- E seduzida pelo desconhecido.

4 comentários:

  1. Lírico ou mordaz, você é genial!

    Adorei o sarcasmo, a sutileza na ofensa. Bem coisa de poeta mesmo. haha

    É um poema leve, e a situação é extremamente imaginável. hahaha

    Beijos, poeta.

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  2. Humm... Com um gostinho de Drummond!

    Muito bom, caro colega!
    Hehe... É Luana, do grupo no Facebook. ^^

    Um beeeeeeeijo
    =)

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  3. E Tú Felipe. Sempre tão Fabuloso.

    E teus versos parecem brincar com a linha imaginária do tempo, feito valsa, canção e violão.

    beijooo

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  4. Belíssimo de ler, de sentir, de viver. Tuas palavras pairaram no ar.

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