terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sobre todas as coisas

Sobre a noite de um negro profundo,
Ainda mais negra em meu peito,
Lançarei meu pensamento
Pelas ruas vazias de tua presença,
Bem como agora me encontro.

Amei o teu silêncio,
Porém as palavras que decolavam
De teus lábios bem-amados
E pousavam em meu coração
Eram, para mim, o despontar
De uma primavera
Após a intempérie.

E o teu riso, fio cristalino
Em tua fronte adorada,
Era um novo mundo a ser desbravado,
Como os teus seios que me remetem
Aos pampas de minha América.

Talvez cem astros se cruzem
Neste céu, nesta noite,
E sob eles levantarei,
Vitorioso, o teu estandarte.

Um comentário:

  1. A imagem que se formou em minha mente foi o inverso ao ler esse lindo poema: ruas iluminadas por ecoantes risos.

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