quarta-feira, 23 de maio de 2012

Declaro guerra


Nas velhas convenções da poesia
que matam a poesia do poema,
há de se construir o novo,
como o sol a despontar para todos
em cada verso,
ou como a manhã desprovida de sol
que entretanto brilha nos olhos.

Se as mortes, a mais-valia, o desemprego,
os bancos, os trustes, o capital
vêm nos alijar a poesia,
cada poema será um canto de guerra:

Cada silêncio, uma derrota.
Cada poema, uma trincheira.

3 comentários:

  1. Saudades suas, Lipe.

    E é isso: "cada poema será um canto de guerra"

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  2. Tá diferentinho aqui, hein? Andou mudando? (:

    Felipe,

    Outra vez você poeta de um jeito só seu. Outra vez com essa mescla de palavras que trazem um sentido que já não se encontra mais em canto algum. Sua poesia, além dos pontos comuns de todas as poesias [se é que existe algum ponto em comum entre poesias], vai além. Sua poesia tem vida, luta, voz. Chama, sabe? Dá vontade de recitar.

    "Cada silêncio, uma derrota.
    Cada poesia, uma trincheira."

    Coisa mais linda, vou te dar um púlpito!

    Beijo.

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  3. Eu não acredito nas velhas conveções. Poesia é emoção. É transpirar sentimentos, sejam eles quais forem. E sentimentos, emoções são coisas tão abstratas que é impossível prendê-los a regras, convenções.

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