quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Amor em iorubá



Teus lábios de iaô,
quando beijam,
têm o som do tambor
que ressoa liberdade.
O teu corpo de iaô
tem doçura, tem sabor,
o efeito de um bori
que traz felicidade.

No passado,
uns lábios de sacrilégio
tocaram meu deus-menino,
deus-profano,
espalhando pecado
em território de amor.

Hoje, no teu corpo ou no atabaque,
com a perícia de um ogan,
batuco, dedilho,
proclamo a liberdade.

3 comentários:

  1. Olá Felipe, estou a passar por aqui, apos tanto tempo , pois costumavamos seguir o teu blog (clubedosdesgostos) ;
    Vejo que continuas com bons textos aqui pelo teu cantinho.
    *

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  2. A poesia, quando sai de você, é sempre diferente. Sempre única. Sempre com pinceladas que fazem a gente reconhecer de longe: isso ali é de Felipe.

    E eu fico sempre tanto mais contente em saber que, ainda que eu demore de aparecer, quando apareço não perco o colo que teus versos sempre me oferecem.

    Tá fantástico, meu bem. Outra vez. E sempre.

    Um beijo.

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  3. Passei aqui pra dizer que sinto saudade de me surpreender com uma poesia nova.

    volta Fê, volta a aquecer o meu coração com a sua rima?

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