quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quando amor incide

És o epicentro da boa-nova,
És a estrela a galopar em cervo errante,
Cortando afluentes, transpondo os limites
Do espaço sideral, desembocando,
Por fim, em meu coração.

Percorrendo tal itinerário, cálidos
Lábios ofertaram-me tempestade de dádivas:
Sitiei-me, submergi, emergi e construí
Na fortaleza a ocasião propícia
Para viver submerso na fenda que me abre
Caminho para o regozijo e o amor compartilhados.

Assim, sou residente do teu espaço preenchido,
À solidão que te compunha dei novas ânsias,
Compareci em massa e metafísica no teu pensamento,
E na tua inexorável realidade me fiz amante.

Somei inúmeras noites insones:
Nas horas mortas, vivi em ti e para ti;
Senti a eternidade pairar sobre mim durante a glória:
Cada átimo em ti é um século roubado à perenidade.

5 comentários:

  1. Tão você, tão incrível!
    É sempre poeta, mesmo quando não quer, eu aposto.

    Beijos muitos.

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  2. Passando para elogiar o post e para perguntar: como foram as ferias?

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  3. Mesmo não tendo pra quem mandar, dá vontade de mandar isso pra alguém. Incrível, só pra variar.

    Abração irmão :D

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  4. Rapaz, você melhora a cada texto. E, mais do que isso, você vai crescendo a cada palavra. A poesia vai ganhando corpo, vai ganhando coerência a medida que você renasce com uma nova expressão poética.

    Você é muito foda. Meu poeta preferido! hehe

    Beijos.
    Te amo.

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