Jaz em seio noturno
O sol da vida.
Pudera um ser taciturno
Gozar a felicidade na fronte querida?
Se me for dado
O privilégio de beber as águas do Letes,
Já que um ser desgraçado, frustrado,
Jamais encontra alma que o complete,
Estarei redimido,
Pois da vida sou descrido!
Oh, Érebo, tu que és o verdadeiro criador!
Tuas trevas rodeiam-me, turvam-me a visão;
Trovas calam-se, perdem-se na escuridão;
E morro tal qual o amor!
Será o féretro macio?
Troco, neste momento,
Desta vida o vazio
Pelo cobiçado perecimento.
Teu poema me fizeste chorar, Felipe.
ResponderExcluirE eu já não sei o que pensar e nem o que escrever aqui.
Eu torço por um fim diferente, mas não este citado aqui. Por favor!
Um beijo.
Amo você.
Meu coração te compreende.
ResponderExcluirSangra junto com o teu. Por dores semelhantes e distinta, mas dores, que me fazem compreender.
Você é minha luz, independente do final citado. Teu final é o meu.
Beijo
Belo exemplar de poesia gótica!
ResponderExcluirDe todos que gostei, o meu preferido.
Beijos!
Ah Felipe, acho que um dos meus poemas preferidos do Fernando Pessoa se encaixa perfeitamente aqui...
ResponderExcluir"Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um." Fernando Pessoa
Beijos, se cuida viu.
Que você é bom, você já sabe, não preciso repetir...
A lua vela a madrugada e o teu poema enluarado, entoou o féretro de um sol do modo mais belo que o breu sepultaria a luz.
ResponderExcluirbelíssimo!
bom domingo e boa semana!
Ah! o preenchimento!
ResponderExcluirO que é? O que é?
Quanto mais nos preenchemos, sentimos uma vontade enorme de que há tanto para ser preenchido; tanto para ser vivido.
O vazio é o conhecimento - eu acredito. Só se sabe como homem aquele que se deixar ser no vazio na alma; aquele que se encontra no próprio vazio. Depois - eu acredito - sente essa vontade de externar, de viver e querer o próximo para se completar; para expandir o conhecimento que encontramos em nós, assim formando outra vida.
Fê, no fundo de nossa alma nunca estaremos sós, sempre temos os alicerces que nos faz continuar; sempre alguém para refletir os nossos medos e glórias.
Eu me sinto completa por encontrar em você o mesmo sopro de vida que me aflige.
P.s.: adorei o novo formato do blog. Saudades!
Blog criado com uma intenção: Diminuir a distância entre a mente e o coração.
ResponderExcluirAdorei a descrição do blog Felipe!!!
E gostei sinceramente da mudança tambem.Gosto de mudanças.E gosto da leveza.Acho que é o novo amor que vc mencionou.Muitas muitas felicidades pra vc amigo!!
Cara, eu tenho medo quando você fica com esse estado de espírito.
ResponderExcluirDói muito. A poesia é linda, mas dói.
Acho que tenho o direito de te ver bem, pois sou a pessoa que mais te ama nessa vida.
Seu comunista safado, há muita vida aí. Então levanta, porra!
Mesmo fúnebre, você é genial:
"Jaz em seio noturno
O sol da vida."
Metáfora pura!
Você merece o melhor, Felipe Braga.
Te amo.
Beijos.
Plavras funebres que tocam o fundo de minha alma com jami tocaram quaisquer outras palavras suas que fazem aplpitar meu coraçao com tamanha maestresa.
ResponderExcluirSo tu tens esta forma de amar e reproduzir.
Álvares de Azevedo te abençoa.
ResponderExcluirE Byron faz um brinde à ti na taça feita de crânio.
Você me ensinou a admirar isso. Seu infame. kkkk
Comunista sem alma. Ela pertence a mim. rs
Beijos.