terça-feira, 12 de julho de 2011

Viver perene

Quero-te tanto e meu amor
Não é eterno. E, no entanto,
Amando-te sempre e tanto,
Para onde irá o amor que canto,
Que outrora fora pranto,
Quando não mais fecundar
Cada gota de meu sangue?

Não posso amar-te eternamente.
Não devo permitir que o tempo
Tenha mais força que este amor.
E no entanto amo-te tanto, amada,
Amo-te a ti quanto a mais nada,
E, sem este amor, como há de a vida seguir?

Pois que se este amor não é eterno
E uma vez findo, como seguirei sorrindo,
Como seguirei, como?
Todavia, ainda que não te ame como um dia,
Seguirei te amando ainda mais a partir de então.

3 comentários:

  1. Uau! Se encontrou! Que coisa mais linda!

    O lirismo de volta, a poesia, a vida! Não é muito melhor assim?

    Que coisa mais linda! Quantos efeitos no som, nas palavras!

    Ah, poeta!

    "Poeta, poetinha vagabundo
    Quem dera todo mundo fosse assim feito você."

    Eu sei que você não é vagabundo. haha! Mas essa música sempre me faz lembrar de você.

    Beijos.

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  2. Nossa, adorável! Achei lindo mesmo, de verdade. Beijo!

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  3. Tenho verdadeira adoração por suas construções.

    O amor é tão escandaloso e mesmo detestando escândalos adoro o amor.

    Você anda perfeito, Lipe..
    Ou serão meus olhos que de tanto carinho por você não conseguem enxergar a realidade?

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